sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Um conto pro acaso.

Pedi ao acaso
que me arranjasse um caso
que é pra ver se eu caso.
O acaso,
cheio de descaso,
fez pouco caso
e mandou eu me aquietar.
E ainda me disse que caso,
se não for ao acaso,
nem vale à pena casar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Obrigada, 2010. Vem com tudo, 2011!



Encerrei 2010 com uma sensação de tranquilidade: foi um ano realmente especial.
Começou um pouco difícil, é verdade. Sofri algumas perdas. Algumas remediáveis, apenas danos materiais, mas outras irreversíveis e insubstituíveis. Mas apesar de tudo isso, eu sabia que seria um ano incrível. De muitas conquistas, de sonhos realizados. E eu não me enganei.
Eu queria que a minha vó estivesse aqui para ver eu me formar. Mas tenho certeza que, de onde estivesse, estaria feliz por me ver com um sorriso no rosto e o canudo na mão.
Meu primeiro carro, que com apenas um mês já me deu um belo prejuízo (ossos do ofício), me carregou dia após dia para o meu trabalho, para as baladas, para momentos divertidos com os amigos e com a família. Foi ele também que ajudou a levar uma boa parte da mudança para a casa nova. Agora sim, nossa casa.
Carro, canudo, casa. Todos com "c", de conquista. 2010 foi mesmo sensacional. Ano de limpeza, de reflexões. Muitas mudanças aconteceram ao longo desses 12 meses, mais internas do que externas, talvez. Esse papo de auto-conhecimento parece um pouco balela, mas vou dizer a verdade, aconteceu por aqui. Eu permiti que muitas coisas fossem embora, e foi assim que vi tantas outras chegarem, encontrarem espaço em uma Ana que, até então, estava superlotada de passado. Mais do que enxergar o futuro, eu vi o presente. E vivi ele com uma intensidade que não acreditei que fosse capaz. E isso não tem absolutamente nada a ver com sair por aí fazendo loucuras, mas com aprender a se respeitar. Eu diria que os últimos meses foram de um aprendizado incrível.
É por isso que, quando a meia noite do dia 31/12 chegou, eu senti meu coração em paz. Olhei ao meu redor e vi muito amor e sinceridade nos olhos de cada um da minha família. E desejei mais do que nunca estar ali, naquele exato momento em que vi a felicidade retratada nas lágrimas de emoção da minha mãe.
Por tudo isso e por muito mais, me despedi de 2010 com apenas uma palavra: obrigada. E recebi 2011 de braços abertos e mangas arregaçadas, pronta para mais um ano de muito empenho, mas, sem dúvida alguma, repleto de realizações. Vem com tudo, 2011!