domingo, 18 de dezembro de 2011

cuidado, ana!

quem me conhece sabe ou já deve ter me ouvido falar que meu carro é minha terapia diária. transformo as horas de estresse no trânsito na BR nossa de cada dia em uma verdadeira sessão de reflexão sobre as casualidades da vida. ou simplesmente sobre o que tenho que fazer naquele dia, naquela semana.
acontece que esses dias eu entrei no carro para cumprir minha rotina corriqueira e, enquanto ouvia rádio, pensava no 2012 que se aproxima e nessas coisas que a gente costuma refletir todo final de ano. e de repente eu me vi super filosofando sobre tudo o que quero mentalizar na hora da virada e quais seriam os meus pedidos pro universo pra esse novo lindo ano que já está quase batendo na porta. e foi bem aí, nesse exato momento, que começou a tocar na rádio a música da Vera Loca. e como eu - definitivamente - não acredito em coincidências, entendi o recado e prometo que sim, tomarei cuidado.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

combustão

eu to pensando (e querendo) um monte de coisas ao mesmo tempo.

danem-se os termômetros.

danem-se os termômetros. eu pouco ligo pra previsão do tempo. se eles dizem que vai chover, eu desafio o sol a brilhar mais forte, só pra provar quem é o astro rei aqui.
no meu mundo, eu seco a chuva com calor. e precisa bem mais do que uns poucos pingos aleatórios pra me molhar. mas se for tempestade, eu me jogo. e não tem nada melhor que dançar na chuva, ou cantar bem alto, pra ninguém ouvir, pra você ouvir.
o problema é a gente passar a vida preocupado com o que rola lá fora, sabe? saber se adaptar é qualidade para raros. a maioria gosta de entrar no clima. se todos reclamam do frio, reclama também. e se ta quente demais - ô, calor insuportável! mas poderia ser tão mais simples.. vamos lá: sentiu frio? abraça aquele alguém que te esquenta. ta abafado? sai e respira um pouco de ar puro. ou só ar, se você mora na cidade. respira, respira. pensa, pensa. medita, medita. e aí, quase como num passe de mágica, o caos lá fora sumiu. é só você, com você.

danem-se os termômetros. não é o clima lá fora que determina a estação aqui dentro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

quase nada



De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei qual é a parte da tua estrada no meu caminho?
Será um atalho? Ou um desvio? Um rio raso? Um passo em falso?

(Noite alta que revele um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

grow up


tem gente que evolui muito em pouco tempo. tem gente que quase não sai do lugar. tem gente que mal vê que o tempo passou, mas mesmo assim já mudou um bocado. para algumas pessoas, parece que o tempo não passa, é como se elas parassem em algum momento, em uma atitude, em um jeito de ver e viver a vida. talvez o que eu tenha aprendido com o passar dos anos é que não temos todos o mesmo timing, e cada um leva o tempo que for preciso para encerrar uma fase, crescer, amadurecer. e ninguém pode acelerar o outro, assim como tão pouco deve esperar por alguém para acompanhar o seu ritmo. somos todos dançarinos de uma melodia que só nós mesmos podemos orquestrar. aceite seu tempo, aceite o tempo do outro. e encontre aqueles que andam no mesmo tom que você. na mesma batida. na mesma sintonia.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

everything is connected

das infinitas conexões que o universo proporciona magicamente na nossa vida.. o acaso, sabiamente sincronizado, transformando fatos em momentos especiais.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

I wish..


No último feriadão fui para a praia. E apesar de ainda não ser ano novo, já fiz meus pedidos. Ou melhor, foi praticamente um mantra. Enquanto eu caminhava pela areia, repetia para mim mesma o que eu queria levar comigo:

A serenidade do mar.
A força do vento.
A persistência das ondas.

E é só isso que eu quero pro meu próximo ano. Serenidade para levar a vida mais leve, com menos preocupações e mais atitudes saudáveis. Força para manter o equilíbrio e encarar os desafios, e persistência para jamais pensar em desistir e ser sempre capaz de enxergar além.

Enquanto eu andava sem rumo, com o pôr-do-sol de plano de fundo, pensava no poder que a nossa mente tem de atrair ou repelir as coisas o tempo inteiro. Quero dizer, por mais que na maioria dos dias a gente sequer se dê conta disso, tudo que acontece ao nosso redor tem, de alguma forma, uma influência do nosso pensamento. Tudo vai depender da forma como vamos escolher encarar as situações. Podemos transformar tsunamis em marolinhas, ou marolinhas em tsunamis. Não é exatamente o que acontece com você, mas como você reage ao que acontece com você (e essa frase nem é minha, mas eu super concordo com ela).
Então é bem assim que eu pretendo começar meu 2012: serena, porque não quero me afogar em pequenas ondas. e quando eu tiver que passar pela arrebentação sem titubear, que eu lembre sempre de ser forte. e que nunca me falte persistência, pra que o tamanho da onda não me impeça de seguir mar a dentro.

E hoje eu estou totalmente no clima Jorge Drexler...

"Hay tantas cosas, yo solo preciso dos; mi guitarra y vos.."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

a culpa é de quem?

normalmente, depois de acontecimentos turbulentos, eu passo por uma fase de reflexão. não que grandes coisas precisem de fato acontecer, mas a questão é que minhas teorias vão por água abaixo depois de 5 ou 7 copos de chopps, combinados com algumas taças de drinks inventados pelo barman.
aí eu entro nessas de querer entender o mundo e as pessoas, e achar uma razão ou um motivo para justificar o que não se justifica. mania essa nossa de querer explicar o que não tem explicação. uma vez eu já escrevi aqui sobre toda essa história da gente julgar sentimentos e achar que pode controlá-los. eu falo e repito (porque realmente acredito) que imoral é não viver o que se quer. e que não se permitir sentir é trair a si mesmo. mas quanto vale a nossa liberdade de querer? quero dizer, ta, e se eu sinto, me permito, vou lá e faço. quem é que paga a conta da minha consciência no outro dia? sou eu mesma né, eu sei. aí a gente começa com aquela análise sem fim de custo x benefício. e isso aqui não tem absolutamente nada a ver com finanças, mas com a relevância do que se faz em relação às consequências que isso pode ter. talvez eu esteja mais uma vez complicando tudo e buscando uma resposta para o que ninguém sequer perguntou. afinal, a culpa é de quem? e a simplicidade do que escuto de mim mesma de volta seria quase assustadora, se não fosse tranquilizante. não há culpados. sem julgamentos. dos outros ou de si, tanto faz. o que importa é deitar a cabeça no travesseiro com serenidade e saber que fui leal a mim.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

por onde andas?

eu ando por aí, por aqui, por acolá. to procurando meu rumo ainda, mas não páro de andar.

"por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai

vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá

(..)
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou
"

segunda-feira, 25 de julho de 2011

I'll be there for you.



Ligações no meio da tarde apenas para saber como você está. Convites incansáveis para um café, um chopp, um chimarrão. Uma visita inesperada na sua porta. O abraço apertado quando você está triste. O sorriso sincero quando você divide uma alegria. As palavras mais sensatas quando você está perdido. A melhor companhia para uma balada, para uma janta no meio da semana, ou simplesmente para sentar no sofá e ficar falando horas sobre as desventuras da vida.
Nem sempre vocês poderão se ver. Podem passar dias, meses, às vezes até anos. A saudade vai apertar. Possivelmente você irá se chatear por não saber mais sobre as últimas novidades. Mas você sabe que ainda assim estará lá, torcendo por você, vibrando com você, acreditando em você.
Lealdade, confiança e respeito sempre terão de sobra entre vocês. E vai haver também um carinho muito grande, uma vontade de ter sempre por perto, de tornar membro da família, irmão.
Já diria o poeta que "amigos a gente não faz, reencontra". E que bom que a vida me faz reencontrar tantos amigos por aí.

Uma pequena homenagem ao dia dos amigos. Ou seja, todos os dias.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

a reflexão pede licença.



todo amor pode acabar, menos o próprio.
e se faltar luz, eu brilho.
as estrelas nos ensinam toda noite que o brilho mais forte se faz na escuridão.

todo erro é perdoável, menos o que não foi sequer tentado.
toda liberdade é justa, toda sinceridade é válida, toda palavra pode ser silêncio.

quem pensou em fazer, já fez. quem negou um querer, já traiu. ao outro. a si mesmo.
o sentimento mais puro é o real, o que vem de dentro. sentimento não mede, não pede moralidade, não conversa com a razão. ele existe por si só e faz o estrago que for, mesmo que nunca deixe de ser um sentimento, mesmo que nunca se concretize.

não há como negar liberdade a um sentimento. tampouco há como calar o silêncio ou julgar a sinceridade.
imoral é não viver o que se quer. não se permitir sentir é trair a si mesmo.

domingo, 27 de março de 2011

Mais um pouco de Mágica com O Teatro


Sobra tanta falta

Falta tanta coisa na minha janela como uma praia
Falta tanta coisa na memória como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência que me desespero
Sobram tantas meias verdades que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo

Sei lá se o que me deu foi dado
Sei lá se o que me deu já é meu
Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu

Vai saber se o que me deu quem sabe
Vai saber quem souber me salve
Vai saber o que me deu quem sabe
Vai saber quem souber me salve

terça-feira, 22 de março de 2011

Versiando com O Teatro Mágico



Se lembrar não é celebrar.
Esquecer não é perdoar.
E quanta mudança alcança o nosso ser?
E quanta mudança queremos ser?
E celebrar para se lembrar. E perdoar para se esquecer. E a mudança que queremos ver é a mudança que devemos ser.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ta chegando.

o primeiro final de semana de 2011 que vou ver o mar e pisar na areia.
o meu aniversário.
as minhas férias.

e o início do ano, de verdade, pra mim.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Um conto pro acaso.

Pedi ao acaso
que me arranjasse um caso
que é pra ver se eu caso.
O acaso,
cheio de descaso,
fez pouco caso
e mandou eu me aquietar.
E ainda me disse que caso,
se não for ao acaso,
nem vale à pena casar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Obrigada, 2010. Vem com tudo, 2011!



Encerrei 2010 com uma sensação de tranquilidade: foi um ano realmente especial.
Começou um pouco difícil, é verdade. Sofri algumas perdas. Algumas remediáveis, apenas danos materiais, mas outras irreversíveis e insubstituíveis. Mas apesar de tudo isso, eu sabia que seria um ano incrível. De muitas conquistas, de sonhos realizados. E eu não me enganei.
Eu queria que a minha vó estivesse aqui para ver eu me formar. Mas tenho certeza que, de onde estivesse, estaria feliz por me ver com um sorriso no rosto e o canudo na mão.
Meu primeiro carro, que com apenas um mês já me deu um belo prejuízo (ossos do ofício), me carregou dia após dia para o meu trabalho, para as baladas, para momentos divertidos com os amigos e com a família. Foi ele também que ajudou a levar uma boa parte da mudança para a casa nova. Agora sim, nossa casa.
Carro, canudo, casa. Todos com "c", de conquista. 2010 foi mesmo sensacional. Ano de limpeza, de reflexões. Muitas mudanças aconteceram ao longo desses 12 meses, mais internas do que externas, talvez. Esse papo de auto-conhecimento parece um pouco balela, mas vou dizer a verdade, aconteceu por aqui. Eu permiti que muitas coisas fossem embora, e foi assim que vi tantas outras chegarem, encontrarem espaço em uma Ana que, até então, estava superlotada de passado. Mais do que enxergar o futuro, eu vi o presente. E vivi ele com uma intensidade que não acreditei que fosse capaz. E isso não tem absolutamente nada a ver com sair por aí fazendo loucuras, mas com aprender a se respeitar. Eu diria que os últimos meses foram de um aprendizado incrível.
É por isso que, quando a meia noite do dia 31/12 chegou, eu senti meu coração em paz. Olhei ao meu redor e vi muito amor e sinceridade nos olhos de cada um da minha família. E desejei mais do que nunca estar ali, naquele exato momento em que vi a felicidade retratada nas lágrimas de emoção da minha mãe.
Por tudo isso e por muito mais, me despedi de 2010 com apenas uma palavra: obrigada. E recebi 2011 de braços abertos e mangas arregaçadas, pronta para mais um ano de muito empenho, mas, sem dúvida alguma, repleto de realizações. Vem com tudo, 2011!