segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

desconstrua.



pegue tudo o que você sabe até agora. junte todas as referências, as certezas e teorias. não vale esconder nenhuma no cantinho, hein? 
agora desconstrua. vire do avesso. questione uma por uma. ponha na parede mesmo, tipo interrogatório. de onde você veio, como parou aqui e quem te transformou em verdade absoluta? bem assim, só pra começar. faça o teste e depois me diga o que aconteceu. 
eu já adianto: algumas vão ficar aí, é normal, não se preocupe com isso. elas se justificarão em si mesmas e te convencerão de que fazem parte de algo maior, além dela, além de você. 
mas outras simplesmente sumirão. é, vão evaporar. e, de repente, você vai perceber que, no meio de um monte de verdades que habitam sua vida, há muito espaço para dúvida, para o questionamento. e, consequentemente, para o crescimento. porque é assim que a gente evolui, sabe? quando paramos de achar que aquilo que a gente acredita é que vale e passamos a enxergar as infinitas possibilidades que existem entre um sim e um não. entre um agora e um mais tarde. entre um abraço e um beijo. entre um até logo e um adeus.

porque às vezes a vida só faz sentido mesmo quando a gente coloca tudo de cabeça pra baixo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

retrospectiva: o que a vida me deu e o que ela levou em 2011.



se eu tivesse que definir 2011 com uma única palavra, eu diria que foi um ano difícil. cheio de desafios, testes, provações. idas e vindas. partidas e voltas. planos e desconstruções. 
mas seria injusto da minha parte dizer que não foi um ano bom. teve viagens, muitas viagens. são paulo, uruguai, são paulo, estados unidos, são paulo. ufa! mas eu aguentaria até mais, fácil. teve muitas risadas, muitos momentos inesquecíveis, muitas pessoas especiais. tiveram alguns shows incríveis também. 
não, não, 2011 jamais passaria em branco. o ano em que o carnaval foi memorável com as amigas, em que tomei chimarrão no Central Park, assisti U2 e Pearl Jam cantando bem ali, na minha frente, não poderia ser menos do que sensacional. mas tudo isso veio acompanhado também por um longo período de limpeza.
sim, foi como se a vida fizesse uma limpa mesmo. olhou pro meu passado e resolveu resolver tudo de uma vez. com repetição mesmo, que é pra fixar bem. foi um ano de histórias sem fim, mas também um ano de pôr fim em muitas histórias. e isso não é uma coisa fácil de se fazer, mas é algo que se torna necessário algumas vezes. e não dá pra ter medo, sabe, tem que encarar, por mais que seja doloroso (e é!) a gente se desfazer de certas lembranças, desapegar do que não faz mais parte da gente, do que não cabe mais. é como uma roupa velha que deixa de servir, ou um brinco que simplesmente não combina mais. não adiantar forçar, é preciso passar. eu li aqui que pra algumas coisas passarem, a gente tem que passar por elas. e foi bem isso que senti e vivi em 2011. precisei voltar um pouco pra poder andar pra frente.
e aí, no finalzinho do ano, quando a gente começa a colocar tudo na balança, eu percebi que tudo isso que aconteceu veio para me deixar sem pendências. se podemos falar de recomeços, então eu realmente me sinto assim nesse início de 2012. passei a régua, zerei, virei a página, paguei a conta. é como se eu tivesse completado uma fase, virado o jogo, derrotado o chefão, e pronto: estou novinha em folha pra começar uma nova fase (que, eu sei, virá cheia de novos desafios).
valeu, 2011. com certeza, eu não teria essa lucidez se não tivesse passado por ti.