segunda-feira, 15 de novembro de 2010

penso, logo não escrevo.



Eu to tentando escutar, mas ta uma bagunça danada aqui dentro.
Eu to tentando entender, mas ta uma bagunça danada aqui dentro.
Eles se atropelam, se interrompem, somem, reaparecem, se confundem, se transformam, desaparecem de novo. Ninguém segura esses pensamentos.
E enquanto eles ficam assim, nessas de falar tudo e não dizer nada, eu fico aqui, escrevendo e apagando, escrevendo e apagando, tentando domar a agonia de quem não consegue se expressar por pensar demais.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

sobre as viagens que eu fiz.



E então eu arrumei as malas, peguei meu ingresso e fui. Destino: SWU. Primeira parada: Campinas.
Alguma parte de mim nessa viagem viajou também. Peguei aquele avião sem imaginar que eu voltaria diferente. Perdão, MUITO diferente.
Não sei se foi o ar seco que toma conta de SP inteiro, se foram as pessoas que revi, ou se foram aquelas que conheci. Talvez tenha sido tanta energia boa junta, ou aquela letra que bate fundo no meu peito, uma poesia cantada, quem sabe tenha sido aquela melodia que embalou meus pensamentos para longe, muito longe. Tão longe que quase consegui me ver de fora. E quando me vi assim, de uma perspectiva que eu não conhecia, tudo se clareou. De repente, tudo começou a se conectar. E a fazer tanto sentido, que até me surpreendi com a minha capacidade de respeitar o que estava sentindo.
Me reconheci. Me encontrei comigo mesma de novo. E senti uma paz imensa por isso. Lógica e emoção se uniram, compreenderam-se, deram as mãos. Uma aceitou a outra, e pararam de brigar para ver quem tinha mais força. Meu lado racional analisou todas as situações, meu lado emocional pontuou o que sentia em cada uma delas e, como já dizia Papas da Língua, o dia amanheceu em paz.
Sem esforço para esquecer, sem lutar contra o que sinto. Eu guardo as lembranças num cantinho escondido, mas com uma luz acesa. Não, elas não foram embora, e talvez nunca irão. Talvez nem devam ir. Mas enquanto elas ainda passam pelo processo de entender que são apenas lembranças, eu vou aos poucos diminuindo a luz e deixando elas descansarem. Algo como uma criança, que os pais colocam para dormir com o abajur aceso, até que ela pegue no sono, tranquila, e eles possam desligar a luz. 
Porque em breve o sol chega novamente, anunciando um novo dia, uma nova história, um novo amor.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Closing time


Foi o professor do meu colega de trabalho que disse, mas é algo que eu já vinha pensando há muito tempo: a vida é feita de pequenas vidas, ciclos que têm início, meio e fim. e precisamos viver esses ciclos intensamente, cada momento deles. porque, no fim, a vida não é uma coisa que vai acontecer no futuro, é o aqui e agora, o que eu fiz do meu dia hoje para que seja um dia melhor.
e se todo ciclo é uma mini vida, é quase impossível que todos, absolutamente todos, sejam 100% felizes, sem mágoas, dores ou perdas. ou seja, sim, por mais que a gente não queira, alguns momentos serão de tristeza. assim como outros serão de reflexão, alguns de pura alegria, outros de árdua dedicação e assim por diante. e também pode ser tudo isso num ciclo só, por que não?
a questão toda é conseguir perceber, entender e aceitar quando um ciclo chega ao seu fim. algumas vezes, isso acontece naturalmente. quando vemos, passou. mas há casos em que terminar uma fase pode ser muito mais complexo do que se imagina. é quase como uma mini morte. deixar que certa pessoa se vá, compreender que uma história já teve seu ponto final. e não, a vida não permite que a gente volte a página, que releia a última frase, que reescreva algum parágrafo. acabou-se. abra um novo livro, inicie um novo texto.
um novo ciclo só começa quando outro termina.

"Closing time, every new beginning comes from some other beginning's end."

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

como o vento



zapeando pelos canais, encontrei um filme. assisti somente uns 5 minutinhos, mas foi o suficiente para escutar e absorver o significado de uma frase.

"eu sou como o vento: livre. não queira saber para onde vou. alguém sabe dizer a direção do vento?!"

pensando bem, acho que foi o filme que me encontrou.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

silêncio que fala



é o silêncio da madrugada que dá voz ao meu coração. e ele fala, como se esse fosse seu único momento, o apogeu da solidão.
é na madrugada que eu te ouço. e te ouvindo, te reprimo. mas te deixo falar. e as lembranças do teu discurso fazem lágrimas rolarem. tão silenciosas quanto a chuva lá fora.
mas o que não entendes, caro coração, é que quanto mais te escuto, mais te faço sofrer. por isso, faço do sono o teu calmante. e durmo para não te ouvir. não te ouvir chorar.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Intensidade


in.ten.si.da.de
sf (intenso+i+dade) 1 Qualidade do que é intenso. 2 Grau elevado. 3 Intensão. 4 Força. 5 Veemência.

Eu não estranharia se encontrasse meu nome listado no dicionário, o item 6 da descrição acima. É que, por vezes, me considero sinônimo dessa palavrinha, que tem em sua essência algo de contraditório.
Ser intensa é se entregar, é acreditar, ir fundo, se envolver, apostar todas as fichas. É quando tudo é assim – intensidade, e a gente se joga na verdade de ser o que é.
Claro que tudo que é intenso tem mais risco. Mas tem também mais emoção. E por ser movida pela emoção que não sei ser menos, querer menos, esperar menos, doar menos. Comigo é tudo mais. Comigo é sempre tudo assim, intenso.

Alguns falam por aí que "vivem intensamente", mas me pergunto, será que vivem mesmo? Viver intensamente pra mim é saber aproveitar os momentos e transformá-los em oportunidades de ser feliz. É topar um convite de última hora pra encontrar as amigas e dar boas risadas; é encarar um novo desafio do trabalho sem ter medo; fazer uma viagem inesperada, ir a lugares desconhecidos, conhecer pessoas novas e, principalmente, respeitar as suas vontades. Não se inibir pelos outros, não ter receio do que vão pensar/achar/falar. Se acha que tem que ser feito, faça. Se acha que tem ser dito, diga. Se tiver que ir, vá. Mas não fique pensando “e se..”.
Foi a intensidade que sempre trouxe pra minha vida a certeza de que é melhor eu olhar pra trás e ver que nem tudo que fiz foi certo, mas que segui minhas verdades, aquilo que, na época, eu acreditava ser o mais coerente com o que sentia, do que pensar em um passado sem lembranças, porque não arrisquei tentar.

Por isso, falo e repito:
Não me peça pouco. Me perdoe, mas não sei ser superficial. Sou intensa como a chama, que se não queima, esquenta. Intensa como o frio, que se não congela, aproxima. Intensa como a água, que se não encharca, refresca.
E você? Bom, se você não puder com tanta intensidade, finja que não viu, finja que não sabe. E vá sumindo devagarinho..

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sempre Martha



"Essa angústia de querer entender o que não é compreensível, de tentar justificar o que prescinde de justificativa, e o medo de nos deixarmos levar: se dissermos sim para o que nos arrebata, onde iremos parar? Se dissermos não, o quanto estaremos perdendo?" [Martha Medeiros]

sexta-feira, 16 de julho de 2010

é amanhã!

Então se passaram 6 anos.
6 anos de muita história pra contar.
6 anos de risadas com as amigas no pontinho, no fratello ou na sala de aula mesmo, por que não?
6 anos de noites frias ou muito quentes pelos corredores, comendo pão de queijo e descobrindo que tal cliente é um mala, que o dia foi puxado no marketing, que o Corel não presta.
6 anos e muitas pessoas fizeram parte dessa caminhada. algumas só passaram. outras deram alguns passos juntos e depois seguiram adiante. e teve aquelas que continuaram do meu lado, andando sempre junto, acompanhando os tropeços e também as conquistas.
6 anos e muitos mestres, que souberam dividir os seus conhecimentos, tornando-me uma profissional melhor.
6 anos de trabalhinhos chatos, de noites cansativas, de discussões calorosas. nesses 6 anos, tiveram também 2 expulsões da aula (meu mérito acadêmico).
6 anos de aprendizados. não só aqueles que se restringem ao quadro ou ao power point, mas lições pra vida inteira.
6 anos e amanhã eu me despeço, com certeza, diferente de como entrei.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E se os olhos brilham...

Expectativas?
Nenhuma.
Talvez por algumas eventualidades da vida, eu tenha aprendido a não esperar demais, para não me frustrar depois.
Mas a verdade é que eu espero sim. Espero que meus olhos continuem brilhando toda vez que
um email chegar
o msn piscar
o celular tocar.
Seja com uma simples lembrança, com um desejo de bom dia, quem sabe um convite inesperado ou só um beijo de boa noite.
Porque, sim, são esses pequenos detalhes que fazem toda a diferença, que melhoram o dia, que arrancam um sorriso sincero.
E eu espero mais? Sim. Mais se permitir. Mais olhos brilhando. E só.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sweet misery...

Um pouco de Aerosmith agora não faz mal pra ninguém.
Um muito de Aerosmith depois, também.

There was a time
When I was so brokenhearted
Love wasn't much of a friend of mine
The tables have turned, yeah
'Cause me and them ways have parted
That kind of love was the killin' kind
Listen me, All I want is someone I can't resist
I know all I need to know by the way that I got kissed

I was cryin' when I met you
Now I'm tryin to forget you
your Love is sweet misery

(Cryin')

domingo, 9 de maio de 2010

Leviano, coração

Ah, coração leviano..
Por que és tão difícil de entender?
Me maltratas com tua teimosia
ou sou eu que te deixo vencer?

Ah, coração leviano..
Não leve o pouco que me restou
mas leve embora o que não vingou
E se abra para um novo engano.

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sábado, 24 de abril de 2010

while the past doesn't pass

E se é saudade, não esqueça de lembrar:
que o que se lembra é lembrança,
e lembrança faz parte do passado.

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Enquanto eu finjo que esqueço,
você finge que não vê
que aqui eu permaneço
mesmo sem querer.

#

Eu faço parte de um passado
que ainda está presente em mim.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dá licença..

Mas não pedi sua opinião
Não espero seu perdão
Tampouco quero ouvir sermão.

Se fiz, é porque acredito
E se nisso ainda insisto
Devo ter alguma razão.

Não julgue certo ou errado
Não busque por um culpado
Apenas preste atenção:

Se toda dor passa,
Me dê um gole da sua cachaça
E nada mais que um aperto de mão.

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sábado, 17 de abril de 2010

Rimas rápidas

É que o amor perdeu o espaço, ficou no bagaço, só sobrou um pedaço.
A carreira agradeceu, roubou o lugar que não era seu, e ali permaneceu.
A saudade corre desesperada, ainda quer estar na jogada, não aceita que já perdeu.
A mudança chegou atropelando, foi logo bagunçando, sem se importar com o fracasso.
Esse, coitado, saiu de fininho, viu que não teria sequer um cantinho, e desapareceu.
Ficou a paz e a alegria, a boa energia, e foi embora o cansaço.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Roda mundo, roda-gigante

Ora, mas se fui eu mesma quem pediu recomeços (há poucos posts abaixo)... Então parece que o universo me ouviu, mais uma vez, e me deu o que pedi. Mas e agora? Sempre me encantou a possibilidade de me reinventar, mas de repente - com o perdão da rima - não sei sequer por onde começar. E agora?
O vento não soprou, fez vendaval. A chuva não passou, foi tormenta. Molhou tudo lá fora e aqui dentro, fez uma bagunça danada. Levantou a poeira escondida, sacudiu as vidraças, chacoalhou a inércia. E me provocou. Me chamou pra dançar no seu ritmo, ou melhor, me intimou. Não me deu escolha, me atirou no silêncio, me devolveu pra mim. E estar comigo nunca foi tão desconsertante.
Mas eu ainda sei me reinventar.

"E são tantas marcas que já fazem parte do que sou agora, mas ainda sei me virar."

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Chega mais, 2010!


Para mim, o ano começa de verdade quando chega o meu aniversário. Não que isso seja uma visão egoísta, mas é quando de fato sinto as energias se renovarem.
2010, nesse curto espaço de tempo que teve, já me trouxe momentos divertidos, surpresas boas, amizades especiais, algumas desilusões, um bocadinho de tristezas... E olha que só estamos em fevereiro!
Com os momentos divertidos, aprendi que sempre há espaço para um sorriso, que estar numa boa é uma escolha pessoal, que depende apenas das nossas próprias atitudes. Enxergar a vida dessa forma sempre fará com que tenhamos boas surpresas, pois passamos a nos permitir. Nos permitimos viver mais, sentir mais, ser mais.
Ganhei amizades mais do que especiais, algumas novas, outras que a cada dia se confirmam ainda mais, e que me fizeram perceber que o que faz a diferença são as pessoas que estão ao nosso lado. Não há nada que possa nos deixar mais felizes do que a certeza de que nunca estaremos sozinhos, e que somos rodeados por quem quer o nosso bem acima de tudo.
As desilusões fazem parte do processo de evolução. Um ciclo termina para que outro se inicie, é assim que a vida vai se apresentando para a gente, mudando nossos caminhos, fechando algumas portas, mas sempre abrindo novas janelas. O crescimento só se faz através da superação, os desafios são oportunidades para sermos melhores, mais fortes e mais maduros.
Infelizmente, alguns momentos de tristeza foram inevitáveis. Nunca estamos preparados para perdas, assim como jamais saberemos lidar com a saudade, mas o que vale disso tudo é lembrarmos o quanto os momentos vividos foram inesquecíveis, e agradecer por ter tido a chance de compartilhá-los com quem amamos. A dor é incurável, mas ter essa consciência conforta o coração.
E agora que o ano se inicia novamente para mim, sinto que é chegada a hora da renovação. Espairar a poeira, levantar a cabeça e seguir adiante. Um ano cheio de realizações, conquistas e desafios me aguarda, e eu estarei preparada. Alma limpa, mente tranquila e coração em paz.
Feliz 2010! Feliz aniversário, aquarianos!