segunda-feira, 8 de outubro de 2012

porque eu sei que é amor.

 
 


mesmo sem porquê eu te trago aqui.
o amor está aqui
comigo.
mesmo sem porquê eu te levo assim.
o amor está em mim
mais vivo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

o dia em que a emoção chorou mais alto.

Errar querendo acertar, ainda assim é errar..?
Em crise com tudo aquilo que emocionalmente faço racionalmente errado.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

eu não divido a mesa com o passado.

ontem li algo em algum lugar que dizia mais ou menos assim: a depressão vive no passado, a ansiedade no futuro. isso pra mim foi uma mensagem muito clara e simples - as pessoas estão sempre angustiadas porque não entendem a importância do presente. é no presente que está a felicidade. e todo mundo já falou isso um milhão de vezes por aí, mas na hora de colocar em prática, são poucos, pouquíssimos, os que de fato conseguem.
porque o passado, convenhamos, guarda uma certa nostalgia. uma ilusão de segurança, porque já está lá, sacramentado, não pode mudar. e quem não consegue sair disso, meu caro amigo, morre de tristeza. vive uma vida povoada por uma infinidade de coisas que já não existem mais. e também não entende quando bate em uma porta e ninguém vem abrir. o endereço não é mais o mesmo, quem você procura, se mudou. quem se prendeu no passado acha que pode entrar e sair da vida dos outros assim, quando quer. perdeu a noção do tempo e achou que tudo estava lá do mesmo jeito quando deixou. mas acontece que para o passado só há uma resposta: o silêncio. não há mais nada lá. então, recolha as chuteiras, apague a luz. o jogo seguiu.
já o futuro abriga a esperança e a angústia, juntas sob o mesmo teto. é o reino dos sonhos e planos, mas também das incertezas de uma vida que ainda não é sua, pera lá. não dá pra apressar o relógio, correr na frente da roda. o mágico é perceber e aproveitar o caminho que ela percorre até chegar lá. 
é aí que vem o presente, todo lindo e cheiroso, pra quase ninguém ver. ele se esforça todo dia pra ser melhor, acorda e dorme com a gente, pra nos mostrar que está ali, ao nosso lado, acreditando no que seja lá que estamos planejando. a maioria das pessoas nunca quer ficar no presente, ou vive relembrando o passado, ou suspirando pelo futuro. mas ainda assim ele não perde sua maestria e continua, firme e forte, com todo o poder de quem carrega em si aquilo que chamamos de vida.
sempre haverá espaço para o futuro, afinal é nele que apostamos nossas fichas. e o passado já cumpriu o seu papel, não precisa ser revivido, apenas guardado em nossas memórias. o que nos falta ainda é aprender a se deliciar com o curto intervalo que habita o instante exato do aqui e agora.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

os viajantes



a vida e as escolhas que fazemos ao longo dela se encarregam o tempo inteiro de nos apresentar lugares diferentes, pessoas novas, desafios distintos. durante essa jornada por caminhos ainda não desbravados, cruzamos com uma série de viajantes, como nós, que também marcham em busca de suas realizações. alguns somente passam por nós e cumprimentam com um "até logo"; outros, andam ao nosso lado durante um certo período, nos ajudam a ultrapassar algumas intempéries que não conseguiríamos sozinhos, e seguem seu rumo. e tem também aqueles que nos dão a mão e percorrem quilômetros conosco, nos ajudando a levantar quando tropeçamos, nos ensinando a pular as poças que barram nosso caminho, e comemorando cada passo dado como uma grande vitória conquistada. são esses que também entendem quando, de repente, optamos por um desvio, que nos levará para mundos ainda desconhecidos, e dos quais continuaremos andando juntos, mesmo que sem as mãos, com o coração em sintonia. porque a trajetória será sempre individual, mas as pessoas que nos acompanharão e dividirão cada momento dela são uma escolha nossa.
a minha vida é repleta desses viajantes, que já compartilharam uma série de instantes alegres e de ansiedade ao meu lado. alguns seguiram destinos diferentes, mas ainda nos vemos por aí, e continuo torcendo pela felicidade de cada um. outros, ainda trilham sua jornada lado a lado, em busca de objetivos e sonhos comuns. seja como for, tenho orgulho de chamar a todos de AMIGOS.

FELIZ DIA DO AMIGO!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ô abre alas



hoje eu acordei com uma vontade de sair por aí, dizer pra Deus e o mundo que eu to indo, chego já, me espera e não fecha a porta. aliás, abre essa porta, todas elas, que é pra eu passar. to levando na bagagem um pouco de coragem, muita disposição e um tantinho de saudade.

"E que seja permanente essa vontade de ir além de tudo que me espera..." (C.F.A)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ta na hora.




tem dias que tenho a sensação que o dia vai me engolir. tudo vira prioridade e, na lista das prioridades, não tem nada priorizado. botei o foco de lado e me distraí girando na minha própria órbita. girei, girei, girei. eu e o relógio, e paramos no mesmo lugar.
porque todo dia a hora se repete, e todo o dia vai se repetir se não chegar a hora da gente parar de girar feito ponteiro e andar em linha reta. avante. pra cima. sem medo do trapézio que não vê ou da próxima curva.
sair do roteiro do relógio não é perder a hora, é encontrar. encontrar o tempo certo em que as coisas tem que acontecer. e elas vão acontecer. basta ajustar os ponteiros.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

a gente muda o mundo muda a gente.



talvez eu não consiga mais ouvir tango sem lembrar do fim de tarde em Puerto Madero. é bem possível que não vá mais pedir uma 'cueca-cuela' sem forçar um sotaque portuñol carregado. é fato que ainda vou fazer muitas piadas usando o bordão mais repetido dos últimos dias - 'pero no'. é provável que toda vez que olhar pra lua cheia eu vá lembrar o quanto ela estava bonita na Av. de Mayo, banhando o Congreso argentino. acho que por alguns dias vou continuar entrando nos táxis com um certo receio. é quase certo que por um período ainda vou cumprimentar as pessoas com 'buenos dias' e agradecer com 'gracias'. não tenho dúvidas que toda vez que ver uma loira de olho azul vou achar que ela é sueca e que todos os caras com cabelos lisos e loiros são australianos. nunca mais vou conseguir ouvir foo fighters sem lembrar do 'Deigrohl' falando que These Days é a música favorita dele.

que delícia é a gente poder andar por aí e sentir que cada passo causa uma transformação gigante. na gente. no mundo. no mundo da gente.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

levei a felicidade para passear.

dormi pouco essa noite, mas isso não me impediu de acordar bem. cansada, é verdade, mas de bem. e não poderia ser diferente, afinal, os motivos pra sorrir são tão mais fortes e sinceros do que os que me fariam lamentar.
foi aí que me dei conta do quanto a vida tem sido generosa comigo. ontem eu estava em outra cidade, outro estado, outro ritmo, outra batida. e hoje mesmo embarco para outro país, outra cultura, outra língua. ontem admirava o céu estrelado de são paulo e amanhã acordarei sob o sol de buenos aires. como poderia eu não acordar sorrindo?
então hoje eu to de bem pelas escolhas que tenho feito pra mim e pra minha vida. porque a felicidade, como bem disse uma amiga, está no lugar certo, no lugar que deveria estar: em mim mesma. e estando ela em mim, levo comigo para onde quiser.

terça-feira, 13 de março de 2012

closer

And when I see you then I know it will be next to me
And when I need you then I know you will be there with me
I'll never leave you
Just need to get closer, closer
Lean on me now
Lean on me now

domingo, 11 de março de 2012

é que eu guardo no meu relicário tantas emoções que até eu mesma desconheço.


lua cheia

brinca como se fosse dia.
canta como se fosse chico.
dança como se asas tivesse nos pés.
sorri como se flutuasse.
abraça como se fosse sufocar.
chora como se não tivesse fim.
sonha como se não quisesse acordar.
ama como se fosse a última vez.

brinca como se não tivesse fim.
canta como se fosse dia.
dança como se flutuasse.
sorri como se fosse sufocar.
abraça como se fosse chico.
chora como se fosse a última vez.
sonha como se asas tivesse nos pés.
ama como se não quisesse acordar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

feliz ciclo novo.



o ano começou, meu aniversário passou, meu período de férias acabou, o carnaval terminou. tudo volta a ser como era. será? todo ano temos a chance de começar tudo de novo. aí vem o reveillón com as suas infindáveis promessas, desejos de mudança, de novidades. mas o que muda se a gente não muda? nada. 
as águas de março chegaram pra fechar o verão e, se eu bobear, vou piscar e o Natal vai estar aí. e o que já fiz para que esse ano seja diferente, para que os meus objetivos sejam cumpridos? o dia é hoje, a hora é agora, o momento é o presente. a gente pode ficar começando e terminando anos a vida inteira e viver tipo numa roda gigante, sabe? vendo tudo igual, sempre, sem sair do lugar. ou a gente pode se propor a realmente iniciar um ciclo novo. agarrar com todas as forças a oportunidade que a vida dá pra gente se reinventar. então eu fiquei pensando qual vai ser a minha palavra de ordem em 2012 e não pude achar uma melhor que "movimento". nada que se move consegue ficar muito tempo parado no mesmo lugar, e também não se deixa levar pela inércia. meu ano começou, as energias se renovaram, minha mente está em movimento. constante.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

(des)equilíbrio.


 
já faz alguns dias que penso sobre o que é ter equilíbrio. e fiquei pensando e pensando e pensando. e pensei tanto que acabei demorando demais pra escrever. porque acho que tenho uma opinião diferente da maioria das pessoas. do que dizem os médicos, psiquiatras, psicólogos, nutricionistas. do que diz o Sergio Chapelin nas edições sem fim do Globo Repórter sobre como ter uma alimentação saudável e uma vida mais equilibrada. primeira pergunta: afinal, o que é ter "uma vida mais equilibrada"? quero dizer, quem é que define o que é o equilíbrio? tudo bem, concordo que correr no parque, se alimentar bem, não trabalhar demais, ter tempo pra família, pra fazer as coisas que se gosta fazem parte do que o senso comum chama de vida equilibrada. mas pra mim vai um pouco mais além. acho que o equilíbrio está, de verdade, na relação com os extremos. eu posso hoje ser silenciosa e introspectiva. e logo ali, amanhã, ser falante, sorridente.
eu posso me jogar numa balada e dançar até de manhã em um sábado qualquer. e posso também achar, uma semana depois, que um filme e o cobertor não poderiam ser melhores companhias. posso querer pular de bungee jumping e querer ficar deitada na rede lendo um livro. posso ser intempestiva, impulsiva e emotiva. e posso ser racional e paciente também. e saber lidar com isso, pra mim, é que é o tal do equilíbrio. entender quando sinto vontade e preciso ser explosiva, e perceber quando o melhor a fazer é calar, esperar, respirar. tem dias que eu sou rock, quebradeira. e tem dias que sou bossa nova, brisa leve. e, veja bem, essa é a minha forma de me manter equilibrada. porque ninguém consegue ser uma linha reta, contínua. a gente é cheio de curvas, ondulações, sobe e desce. a gente é riso e choro, tudo junto. a gente é calma e gritaria. e isso me parece bem mais verdadeiro do que alguém que é sempre estável, sempre igual. porque dá a impressão de ser raso, superficial. é aquela coisa da intensidade, de viver um pico de extrema felicidade e, algumas vezes, se afogar na tristeza. sentir a necessidade de refletir, mas também se permitir não pensar em nada.
é muito mais fácil ser equilibrado quando tudo corre bem. mas e qual a graça? todo dia eu descubro um jeito novo meu de reagir a algo que acontece, porque sempre está acontecendo alguma coisa que desafia - adivinha? - o meu equilíbrio, a minha capacidade de me reinventar, de ser malabarista dos meus sentimentos. e eu acho que é essa arte de andar continuamente na corda bamba que faz da nossa vida equilibrada.

* contribuições de uma mesa de bar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

desconstrua.



pegue tudo o que você sabe até agora. junte todas as referências, as certezas e teorias. não vale esconder nenhuma no cantinho, hein? 
agora desconstrua. vire do avesso. questione uma por uma. ponha na parede mesmo, tipo interrogatório. de onde você veio, como parou aqui e quem te transformou em verdade absoluta? bem assim, só pra começar. faça o teste e depois me diga o que aconteceu. 
eu já adianto: algumas vão ficar aí, é normal, não se preocupe com isso. elas se justificarão em si mesmas e te convencerão de que fazem parte de algo maior, além dela, além de você. 
mas outras simplesmente sumirão. é, vão evaporar. e, de repente, você vai perceber que, no meio de um monte de verdades que habitam sua vida, há muito espaço para dúvida, para o questionamento. e, consequentemente, para o crescimento. porque é assim que a gente evolui, sabe? quando paramos de achar que aquilo que a gente acredita é que vale e passamos a enxergar as infinitas possibilidades que existem entre um sim e um não. entre um agora e um mais tarde. entre um abraço e um beijo. entre um até logo e um adeus.

porque às vezes a vida só faz sentido mesmo quando a gente coloca tudo de cabeça pra baixo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

retrospectiva: o que a vida me deu e o que ela levou em 2011.



se eu tivesse que definir 2011 com uma única palavra, eu diria que foi um ano difícil. cheio de desafios, testes, provações. idas e vindas. partidas e voltas. planos e desconstruções. 
mas seria injusto da minha parte dizer que não foi um ano bom. teve viagens, muitas viagens. são paulo, uruguai, são paulo, estados unidos, são paulo. ufa! mas eu aguentaria até mais, fácil. teve muitas risadas, muitos momentos inesquecíveis, muitas pessoas especiais. tiveram alguns shows incríveis também. 
não, não, 2011 jamais passaria em branco. o ano em que o carnaval foi memorável com as amigas, em que tomei chimarrão no Central Park, assisti U2 e Pearl Jam cantando bem ali, na minha frente, não poderia ser menos do que sensacional. mas tudo isso veio acompanhado também por um longo período de limpeza.
sim, foi como se a vida fizesse uma limpa mesmo. olhou pro meu passado e resolveu resolver tudo de uma vez. com repetição mesmo, que é pra fixar bem. foi um ano de histórias sem fim, mas também um ano de pôr fim em muitas histórias. e isso não é uma coisa fácil de se fazer, mas é algo que se torna necessário algumas vezes. e não dá pra ter medo, sabe, tem que encarar, por mais que seja doloroso (e é!) a gente se desfazer de certas lembranças, desapegar do que não faz mais parte da gente, do que não cabe mais. é como uma roupa velha que deixa de servir, ou um brinco que simplesmente não combina mais. não adiantar forçar, é preciso passar. eu li aqui que pra algumas coisas passarem, a gente tem que passar por elas. e foi bem isso que senti e vivi em 2011. precisei voltar um pouco pra poder andar pra frente.
e aí, no finalzinho do ano, quando a gente começa a colocar tudo na balança, eu percebi que tudo isso que aconteceu veio para me deixar sem pendências. se podemos falar de recomeços, então eu realmente me sinto assim nesse início de 2012. passei a régua, zerei, virei a página, paguei a conta. é como se eu tivesse completado uma fase, virado o jogo, derrotado o chefão, e pronto: estou novinha em folha pra começar uma nova fase (que, eu sei, virá cheia de novos desafios).
valeu, 2011. com certeza, eu não teria essa lucidez se não tivesse passado por ti.